Levantamento mostra ainda que 50% das que fazem o planejamento financeiro à mão não sabem do cumprimento da suas obrigações
Com as finanças em controle, empreendedor planeja inovação e o futuro da empresa (Foto: Reprodução)Com as finanças em controle, empreendedor planeja inovação e o futuro da empresa (Foto: Reprodução)
A burocracia tributária, a falta de comunicação com o departamento de contabilidade, e uma administração precária do departamento financeiro são os principais fatores que afetam a gestão das pequenas e médias empresas no Brasil. Essa é a principal constatação realizada pela ferramenta Nibo, especializada em gestão financeira para esse tipo de empresa. Ela reuniu respostas de 300 gestores de pequenos e médios negócios em todo o país entre os dias 17 e 20 de novembro.
De acordo com o levantamento, 70% das empresas com menos de 50 funcionários não recebem qualquer tipo de relatório, como demonstração contábil, do seu escritório de contabilidade. O percentual é de 47% quando se trata de empresas com mais de 50 empregados.
A pesquisa mostrou ainda que 50% dos pequenos empresários que fazem o planejamento financeiro à mão não sabem ou apenas têm uma vaga ideia de quanto possui para cumprir suas obrigações. Ainda nesse quesito, 25% dos empresários não sabem o saldo bancário da sua empresa.
Segundo Gabriel Gaspar, CEO do Nibo, esses dados mostram que a gestão financeira e a comunicação com o setor de contabilidade dentre os empresários ainda é muito falha e precária. “Nós verificamos que 71% dessas empresas que já tiveram que pagar multas por falhas do setor de contabilidade organizam as suas finanças apenas por meio do Excel, e isso é um dado preocupante”, completa.
Para Richard Guedes, diretor do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis do Rio de Janeiro (Sescon-RJ), um dos grandes desafios dos escritórios de contabilidade é estar mais atento às demandas desses negócios. “Precisamos estar perto no momento da dúvida e passar nossa experiência de gestão financeira de forma cada vez mais estratégica para esses empresários”, afirma.
Fonte: Revista PEGN – Da Redação – 09/12/2014