Os profissionais da contabilidade precisam estar atualizados quanto às normas da categoria e seu trabalho deve ser regularizado para atender de forma correta quem precisa dos serviços de um contador. Prevenir, orientar e mostrar aos contadores e empresários contábeis qual o caminho adequado para o exercício da profissão é o trabalho do departamento de Ética, Disciplina e Fiscalização do Conselho Regional de Contabilidade de Goiás (CRCGO). Representado pelo vice-presidente Elias Costa Machado Neto, o departamento vai além de simplesmente dar um norte à classe contábil com relação às normas a serem cumpridas, e trabalha em prol de conscientizar os profissionais e proteger o usuário da contabilidade.
Seis fiscais trabalham no departamento e têm a responsabilidade de verificar se os contadores e empresas contábeis atuam no mercado de acordo com as normas estabelecidas legalmente ou com o Código de Ética da categoria. “É importante o profissional saber que existem regras e que também existe uma fiscalização”, afirma o coordenador do departamento, Louis de Oliveira e Silva.
Com as novas tecnologias, principalmente o advento da internet, notificar algum profissional tornou-se mais fácil e o departamento de Fiscalização consegue atingir um maior número de pessoas rapidamente. O contador ou empresa contábil que atua irregularmente receberá uma notificação do fiscal via internet que comunica os erros detectados e solicita a atualização dos dados junto ao CRCGO. Caso ele não responda no prazo de 10 dias, uma visita a este profissional ou empresa será realizada para verificar a situação. “Como a notificação é feita por e-mail, a empresa ou o contador tem a vantagem de atualizar as documentações em 10 dias e evitar alguns transtornos. Todavia, se ele receber a visita dos fiscais, terá de atualizar as documentações na mesma hora”, explica o fiscal Rondinelly Carvalho Ribeiro.
“Em alguns casos, quando vamos autuar um profissional, somos recebidos com grosserias. Quem é notificado sobre alguma irregularidade nem sempre quer atender os fiscais. O trabalho torna-se tenso, mas é gratificante quando conseguimos realizá-lo com êxito”, confessa o fiscal Luiz Fernando Bioni ao falar sobre as visitas que realiza pessoalmente aos profissionais que não respondem as notificações via internet.
Depois de notificado, o profissional que estiver em desacordo com as regras do CRCGO e as disposições legais poderá ser multado. A punição mais severa é quanto a suspensão do registro, e o profissional ou empresa contábil ficar impossibilitado de prestar serviços.
Em janeiro deste ano, o CRCGO suspendeu três profissionais por descumprirem algumas disposições, e não poderão exercer a função de contador. No segundo semestre de 2015, foram julgados 237 processos. A câmara de Ética e Disciplina aplicou 77 advertências reservadas, 8 censuras reservadas e 88 multas. A câmara de Fiscalização aplicou 64 multas.
Encontrar aqueles que atuam mesmo sem ter o registro do CRCGO ainda é comum. Mas o número de contadores que agem de acordo com as regras é muito maior. Esse é o retrato de muito trabalho do CRCGO em prol de fazer com que as leis sejam cumpridas pelos profissionais da contabilidade.
A fiscal Cleides Gonçalves trabalha no CRCGO há 30 anos. Para ela, o trabalho em equipe do departamento de Fiscalização é o instrumento indispensável para o serviço prestado ser eficiente. “Existe uma entrega de todos que trabalham aqui e um ajuda o outro. É assim que fazemos para a tarefa ser bem realizada”, comenta Cleides. Ela destaca ainda a importância dos outros departamentos do CRCGO e afirma que todos são importantes: “quando o Desenvolvimento Profissional treina o contador, também está ensinando-o a trabalhar de acordo com a legislação. O Registro é a porta de entrada do profissional. Logo, cada um tem sua importância e todos juntos formam o CRCGO”, assinala Cleides. “Existe uma comunicação entre os setores. Esse é o diferencial juntamente com a seriedade”, completa o fiscal Luciano Vital de França.
Na correria do dia a dia, os colaboradores do departamento de Fiscalização conseguem atingir um grande número de profissionais e alertá-los quanto a possíveis irregularidades. “Fazemos isso com muita satisfação e sabemos que o resultado será positivo”, afirma o fiscal Rosemar Henrique de Moura. Com o objetivo de realizar uma educação continuada, todos os departamentos do CRCGO trabalham em conjunto para levar ao profissional contábil e toda a sociedade um serviço responsável e atuante. Respeitar imposições legais é dever de todos.
Fonte: Assessoria de Imprensa CRCGO – Renan Castro