O presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Goiás (CRC-GO), Elione Cipriano da Silva, concedeu entrevistas às emissoras de rádio 730 e RBC, e aos canais de televisão PUC TV e TBC, a respeito da nova Resolução de número 23.432, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), publicada no dia 30 de dezembro de 2014, no Diário Oficial da União, onde destaca que a Justiça Eleitoral irá reforçar o controle dos partidos políticos, além de acabar com seus respectivos sigilos bancários.
A novidade em questão se dá pela nova forma de apresentação da prestação de contas eleitorais, que a partir do ano de 2016 deverá ocorrer por formato eletrônico, com a implantação da contabilidade digital.
Atualmente, as prestações de contas eleitorais ainda são publicadas na internet em formato PDF – ou seja, praticamente uma foto dos papéis entregues pelos partidos ao TSE. As prestações de contas que as legendas apresentarão até 30 de abril de 2015, ainda referentes a 2014, serão as últimas em papel. A partir de 2016, todas as prestações de contas dos diretórios nacionais deverão ser feitas em formato eletrônico. A regra valerá para os diretórios estaduais e municipais a partir de 2017 e 2018, respectivamente.
Sob a ótica de que os partidos políticos precisam se reorganizar, o presidente do CRC-GO, Elione Cipriano da Silva, afirmou que a nova Resolução veio em tempo oportuno. “Nós vemos que o Brasil está passando por esse processo de depuração, digamos assim. A Resolução 23.432 do TSE veio em um momento muito oportuno. Os partidos políticos precisam se organizar. Um ponto importante que essa Resolução exige é justamente que os bancos informem ao TSE a cada 30 dias sobre a movimentação financeira dos partidos, para que não tenha sigilo nas movimentações, e não haja doações faraônicas, que não tem um recurso identificado. Nós temos informação que alguns partidos políticos entre 2007 e 2013 receberam R$ 456 milhões, e corresponde a 36% de todas as doações feitas por empresas às legendas no período, então precisou de ter sim essa mão do Tribunal Superior Eleitoral, para que possamos ter mais controle”, avalia.
Com o novo método, os demonstrativos contábeis adquirem maior acompanhamento do TSE, onde serão permitidos análises e cruzamentos de dados, como por exemplo, ordenar a lista de doadores do maior para o menor valor, ou somar de forma automática todas as doações de uma mesma empresa.
Ouça a entrevista concedida à Rádio 730:
Fonte: Assessoria de Imprensa CRC-GO – Izadora Louise