O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta terça-feira (13) que haverá ajustes de impostos, sem ser específico. Ele negou que esses ajustes estejam dentro de um “saco de maldades”, como questionou a imprensa, e que haverá um “pacote” dessas medidas.

Dentro do esforço do governo de aumentar suas receitas para reequilibrar as contas, Levy sinalizou que poderá haver mudanças na cobrança de imposto de renda para prestadores de serviços que recebem como pessoa jurídica.

O ministro afirmou que deve analisar a situação de “pessoas que têm renda através de pequena empresa, que pagam 4%, 5% de imposto em vez de 27,5%”, e que isso deve ser prioridade dentro de possíveis mudanças na cobrança do IR. “Primeiro teria que tratar desse egrégio.”

Levy disse ainda que deve rever a isenção do IR sobre investimentos em Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs), dentro da estratégia de “melhorar a composição de investimentos”.

O ministro afirmou que a mudança não deve ser “imediata”, tendo que passar ainda por consulta. Ele sinalizou ainda que pode haver ajuste nos instrumentos de poupança, sem dar detalhes.

Segundo o titular da Fazenda, o aumento de impostos será “compatível” com o objetivo de aumentar a poupança pública.

DÍVIDA

Levy afirmou que reduzir a dívida bruta brasileira para abaixo de 50% do PIB é um dos objetivos de sua gestão. A dívida bruta está em 63% do PIB, conforme dados de novembro.

Segundo ele, vai depender da política fiscal e do crescimento da economia para essa meta ser atingida, o que não tem prazo para acontecer. Ele espera estabilizar a dívida este ano e iniciar trajetória de queda em 2016.

A dívida bruta será um dos principais parâmetros usados por Levy para medir a solidez e estabilidade da economia. “Temos que ter ambição de chegar a um ‘rating’ de A”, disse. “Não há razão para o Brasil não estar entre os melhores”.

Fonte: Folha de S. Paulo

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