O Conselho Regional de Contabilidade de Goiás (CRC-GO) sediou no dia 29 de janeiro, a palestra sobre o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF). Com o objetivo de conscientizar a classe contábil a colaborar na informação ao COAF sobre alguma operação ilícita da parte de empresas clientes, o CRC-GO convidou a vice-presidente de Ética e Disciplina do CRC-MG, Rosa Maria Abreu Barros, para ministrar uma palestra ao público presente.

Na ocasião, a vice-presidente do CRC-MG abordou a importância de o contabilista emitir a Declaração Negativa ao COAF dentro do prazo estabelecido, que foi prorrogado para o dia 28 de fevereiro de 2015, caso não tenha havido nenhuma movimentação suspeita durante o ano corrido. “A Resolução 1.445 do CFC orienta o profissional a rever como a empresa a qual ele presta serviços tem tratado a suas movimentações financeiras. Se ele identificar que há alguma situação ilícita, ou de difícil mensuração, ele deve fazer a informação ao COAF 24 horas após o momento em que ele tomou ciência da situação. Se não houver nenhuma situação durante o ano do exercício fiscal, até o dia 31 de janeiro do ano seguinte, ele vai promover uma informação para o COAF, que é a Declaração Negativa. Há de se considerar que por ser a primeira vez que os profissionais estão sendo obrigados a fazerem essa declaração, o COAF já decidiu por estender o prazo de 31 de janeiro de 2015, para 28 de fevereiro de 2015”, reitera.

Operações suspeitas como vinham ocorrendo dentro da Petrobrás já haviam sido comunicadas pelo COAF aos órgãos responsáveis, como relata a vice-presidente de Ética e Disciplina do CRC-MG, Rosa Maria Abreu Barros. “O COAF é um órgão ligado à Receita Federal, à Polícia Federal, e ao Banco Central, e informa aos vários entes fiscalizadores do nosso país as operações suspeitas. Desde 2010 o COAF vem sinalizando operações suspeitas em mais de 4.000 CPF’s ligados à Operação Lava Jato, a essas empresas e pessoas que hoje a mídia traz”, revela a palestrante, que conclui com uma dica ao contabilista. “Conheça o seu cliente. Analise o Código de Ética da sua profissão, porque você vai perceber que nós não estamos fazendo nada mais nada menos que cumprir o nosso Código de Ética”, declara.

O presidente do CRC-GO, Elione Cipriano da Silva, declarou o seu apoio ao COAF para o chamamento aos contabilistas para emitirem a Declaração Negativa. “O Conselho Federal de Contabilidade, através dessa norma federal, baixou uma Resolução, onde ele adere efetivamente à Lei do COAF. O CRC-GO apoia os contabilistas no processo de declaração das movimentações suspeitas dos seus clientes. Precisamos ser transparentes, e não foi só o Conselho de Contabilidade que aderiu a esse procedimento. Outros Conselhos, como o CRECI (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) também aderiu, e quem for adquirir imóvel que tenha um dinheiro suspeito, que seja de lavagem de dinheiro, também há uma Resolução que os obrigam a serem claros quanto às movimentações financeiras”, relata.

A comunicação negativa obrigatória dos profissionais da contabilidade e/ou organizações contábeis que realizaram, mesmo que eventualmente, serviços de assessoria, consultoria, contadoria, auditoria, aconselhamento ou assistência foi prorrogada até 28 de fevereiro de 2015.

Fonte: Assessoria de Imprensa CRC-GO – Izadora Louise

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