O presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Goiás (CRC-GO), Elione Cipriano da Silva, participou no dia 5 de março, do lançamento do programa do governo federal “Bem Mais Simples”, que possibilita a baixa automática de empresas por meio da internet. O evento contou com a presença do governador de Goiás, Marconi Perillo, o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, o então presidente da Junta Comercial de Goiás (Juceg), Alexandre Caixeta, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, governador do Mato Grosso, Pedro Taques, governador do Mato Grosso do Sul, Reinaldo Azambuja, governador do Paraná, Carlos Alberto Richa, além de demais representantes de entidades goianas e do governo de Goiás.
O presidente do CRC-GO, Elione Cipriano, ressaltou a importância da participação do contabilista neste novo procedimento. “Este é o momento em que o contabilista se torna mais do que essencial para a vida do pequeno empresário. Antes a burocracia travava os processos de fechamento de empresas, dificultando a vida do cidadão, e automaticamente distanciando a relação entre o Estado e a sociedade, mas com o Bem Mais Simples, temos convicção que o eixo Estado, empresa e cidadão será melhor conduzido, por meio da relevante orientação do profissional da contabilidade”, aponta.
Fruto de um projeto trabalhado há anos no governo federal, o programa Bem Mais Simples deve garantir um sistema mais rápido e prático, não exigindo certidões negativas para a conclusão da baixa do CNPJ, gerando diminuição dos custos com a burocracia.
O então presidente da Juceg, Alexandre Caixeta, revela que o processo de um ano que se gastava anteriormente para o fechamento de uma empresa será agora executado no prazo de poucos dias, com o uso do Bem Mais Simples. “É muito gratificante dizer à sociedade que os negócios ficarão mais fáceis de serem constituídos. Nós estamos engajados em utilizar todas as ferramentas necessárias em prol do desenvolvimento econômico, e da qualidade de vida do cidadão. Este programa vai diminuir muito a burocracia. Antes gastava-se mais de um ano para o fechamento de uma empresa, agora isso será feito em poucos dias. Por essa iniciativa estamos dizendo em alto e bom som que sabemos o caminho do empreendedorismo no setor público”, declara.
Fator importante para o bom desenvolvimento dos pequenos empreendedores, a contabilidade foi citada pelo ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos, como parceira para o bom desempenho do programa Bem Mais Simples. “Os contabilistas são peças importantes no contato com a micro e pequena empresa no nosso país. O programa Bem Mais Simples Brasil é uma experiência que nós estamos desenvolvendo. No comparativo do Simples e o Complicado, o simples é fácil, o complicado trabalhoso. O simples é rápido, o complicado é lento. O simples beneficia milhões, o complicado prejudica milhões. O simples atrai, o complicado afasta”, explica o ministro, que relembrou o processo de crescimento dos programas de desburocratização no Brasil. “No Supersimples, que integrou a União, Estados e Municípios, criado em 2007, nós tínhamos 2,83 milhões empresas. Terminamos 2014 com 4,86 milhões de empresas. O Micro Empreendedor Individual (MEI) foi criado em 2009. Já batemos 4,65 milhões de cidadãos absolutamente informais que vieram para a formalidade pagando imposto, tendo acesso aos benefícios sociais, num processo de simplificação entre União, Estados e Municípios. O Simples é o maior programa de inserção econômica e social de uma sociedade no mundo da atualidade. Em janeiro de 2015, 502 mil empresas aderiram ao novo regime”, contabiliza.
Dados da Secretaria da Micro e Pequena Empresa revelam que de 2011 a 2014, as micro e pequenas empresas geraram um saldo positivo de 3,54 milhões de empregos. A média das grandes empresas tiveram um saldo negativo de 263.325 empregos. O empreendedor que saiu do Simples teve um impacto de carga tributária na faixa de 54%.
Com o foco em aumentar a eficiência e aproximar o Estado do cidadão, Afif Domingos afirma que o Simples é uma marca que se deve levar a toda área administrativa. “Crescer sem medo é a ordem que está sendo dada. Dentro dessa visão, mais que o Simples é o Bem Mais Simples, que é uma marca que temos que levar a todas administrações. O objetivo é aumentar a eficiência da gestão pública, e facilitar a vida cidadão. O programa de simplificação ou desburocratização não é um programa administrativo, e sim político, caso contrário, nós burocratizamos todos os processos, por meio de uma decisão do governo. Resgate da fé na palavra do cidadão, essa é a premissa básica do governo, além de unificar a relação do Estado com o cidadão”, assegura.
O governador de Goiás, Marconi Perillo, citou programas que visam a simplificação e que deram certo no Estado. “Quando o ministro Afif aqui esteve, há cerca de um ano atrás, ele nos convidou a uma grande parceria, no sentido de implementarmos o Simples em Goiás. Conseguimos resultados extraordinários, especialmente em relação ao Simples na substituição tributária, e hoje estamos a frente de outros Estados brasileiros. Aqui em Goiás tivemos ideias criativas, como o Vapt Vupt, que hoje existem 61 unidades no Estado, além da criação do Drive Thru para as empresas, uma ideia que poderá ser adotada em outros Estados”, sugere.
Fonte: Assessoria de Imprensa CRC-GO – Izadora Louise