O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) participou, nesta segunda-feira (3), de um ato de mobilização em defesa da reforma política democrática no País. O evento foi realizado na sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), em Brasília, e contou com a participação de diversas entidades da sociedade civil.
O objetivo da reunião foi estimular a captação de assinaturas por parte das entidades para criação de um projeto de lei de iniciativa popular com propostas para a reforma política no Brasil. Trata-se do projeto Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas, que defende uma revisão do sistema político brasileiro aos moldes da Lei da Ficha Limpa, que reuniu cerca de 2 milhões de assinaturas, encerrando um jejum de quase cinco anos sem que uma matéria de iniciativa popular fosse convertida em lei pelo Congresso Nacional.
Na ocasião, o presidente da Ordem dos Advogados, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, lembrou que, ainda na semana passada, CFC e a OAB firmaram parceria institucional durante reunião com o vice-presidente de Desenvolvimento Profissional e Institucional do CFC, Zulmir Breda, em seu gabinete. “Com a adesão de todas as entidades e parceiros iremos alcançar a quantidade suficiente de assinaturas. Queremos um debate de ideias, uma alteração da lei eleitoral e não da Constituição Federal”, destacou.
O objetivo é coletar 1,5 milhão de assinaturas. Até o momento, cerca de 520 mil assinaturas já foram contabilizadas em meio físico e digital. Na sexta-feira (7), uma nova reunião será realizada para debater a aprovação de um manifesto do povo brasileiro em prol da reforma politica. Além disso, a OAB informou que, ainda neste ano, serão realizados atos pela reforma em diversas cidades brasileiras.
Participaram da reunião desta segunda-feira o conselheiro Miguel Ângelo Martins Lara, que também faz parte do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), uma das entidades envolvidas no projeto, a diretora Executiva do CFC, Elys Tevania, a assessora Parlamentar, Ludmila Mello.
Na pauta está a proibição do financiamento de campanha por empresas e adoção do financiamento democrático de campanha; eleições proporcionais em dois turnos; paridade de gênero na lista pré-ordenada; e o fortalecimento dos mecanismos da democracia direta com a participação da sociedade em decisões nacionais importantes.
Mais informações sobre a Coalizão pela Reforma Política Democrática e Eleições Limpas podem ser obtidas no site www.reformapoliticademocratica.org.br.
Fonte: Comunicação CFC