A Câmara dos Deputados realiza, nesta sexta-feira (24), sessão solene em homenagem aos profissionais da contabilidade de todo o País. A sessão terá início às 15h, no Plenário Ulysses Guimarães. Oficialmente, a data é comemorada no dia 25 de abril.
A iniciativa é do deputado federal Izalci Lucas (PSDB-DF), que também é profissional da área. O presidente do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), José Martonio Alves Coelho, será representado, na ocasião, pelo vice-presidente de Desenvolvimento Profissional e Institucional do CFC, Zulmir Ivânio Breda.
Segundo o CFC, existem, no Brasil, mais de meio milhão de profissionais da contabilidade. Ao longo dos últimos anos, mudanças importantes ocorreram no mercado contábil brasileiro, a começar pelo papel dos próprios profissionais.
Contadores e técnicos deixaram de ser coadjuvantes e tornaram-se fundamentais, não só para as empresas nas quais atuam, mas também para a sociedade. Prova recente foi a entrada da categoria no trâmite eleitoral brasileiro. Toda prestação de contas de candidatos, comitês financeiros e partidos políticos passou a ter a assinatura de um profissional da área.
Para o CFC, a norma é uma conquista da classe, que, desde a primeira eleição democrática, luta pelo reconhecimento da importância do profissional da contabilidade no controle dos gastos e receitas das campanhas eleitorais. A obrigatoriedade da assinatura acabou abrindo um nicho de mercado na profissão.
A convergência da contabilidade brasileira aos padrões internacionais (IFRS, na sigla em inglês), ocorrida nos últimos anos, também abriu novos campos de trabalho e fortaleceu o papel dos contadores nas organizações em geral. “Esses profissionais têm discutido o controle do gasto público por meio da implantação de uma nova contabilidade patrimonial”, explica o presidente do CFC, José Martonio Alves Coelho.
Até pouco tempo, o Brasil não tinha um padrão de contabilidade pública, o que começou a mudar com a implantação, em 2010, de normas aplicadas a esse setor. Atualmente, alguns Estados, como Santa Catarina e Pernambuco, já trazem em seus balanços ativos e passivos, que antes não eram reconhecidos. Dessa forma, a previsão é que os gestores públicos passem a conferir maior transparência ao trato com o recurso público e que a sociedade tenha um maior controle social.
“Mais do que proteção às posses e aos bens, a contabilidade precisa ser encarada como uma profissão que tem como objetivo proteger a sociedade. Essa é, sobretudo, uma das nossas missões. Afinal, trabalhamos com a ciência da informação. Qualquer decisão necessita de informações que a contabilidade oferece. Decisões baseadas em dados reais significam uma possibilidade de acerto muito grande”, acrescenta o presidente do CFC.
O Brasil atingiu a marca de meio milhão de profissionais da contabilidade em agosto do ano passado. Para Martonio Coelho, o número reflete a importância da profissão para a sociedade brasileira. “Essas mudanças exigem das empresas melhores estruturas de controle interno e, dos profissionais, maior capacitação e atualização”, diz.
Esse número tende a aumentar. Paralelamente ao crescimento desses profissionais, o Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) informam que o curso de Ciências Contábeis ficou entre os mais procurados pelos estudantes de graduação em 2014, ocupando a quarta colocação no ranking, com 328.031 futuros profissionais.
Fonte: Comunicação CFC