O Sindicato do Comércio Varejista de Goiás (Sindilojas) lançou na última sexta-feira (03/10) o projeto Contribuinte do Futuro, em coletiva de imprensa realizada na sede do sindicato. Representantes de entidades ligadas à contabilidade estiveram presentes no lançamento, entre eles, a vice-presidente de Controle Interno do CRC-GO, Maria Luzia da Silveira Rodrigues e o diretor do Conselho, Saulo Gonçalves.
O projeto propõe isentar empresas com faturamento de até R$ 360 mil anuais do recolhimento da alíquota de ICMS. A meta do projeto é facilitar o crescimento de pequenas empresas formais e incentivar a redução da informalidade. Em contrapartida, a empresa participará de programas de capacitação corporativa e continuada para crescer num prazo médio de até três anos. A Sefaz já deu parecer favorável ao projeto, que ainda sofrerá alguns ajustes antes de ser encaminhado à Assembleia Legislativa.
O presidente do Sindilojas, José Carlos Palma Ribeiro, ressaltou que o projeto foi apresentado primeiro para aprovação da Sefaz. Segundo ele, uma pesquisa mostrou que mais de 87% dos empresários usarão os recursos que deixarão de ser recolhidos para investir na contratação de funcionários, ampliação da empresa e de estoque. “A grande novidade é a Sefaz abrindo a possibilidade de termos ações conjuntas com as empresas, o que servirá de exemplo para outros Estados.”
A expectativa é de que as empresas que hoje estão na informalidade só vejam vantagens em se formalizar. José Carlos prevê que as empresas informais, que hoje compram e vendem sem nota, comprarão mais de fornecedores goianos com nota, elevando também a arrecadação de 5% das empresas que arrecadam 98% do ICMS. As empresas interessadas já podem procurar seus sindicatos para se informar.
Maria Luzia parabenizou o Sindilojas pela iniciativa e assegurou que a classe contábil estará empenhada para trabalhar em favor do crescimento do Estado, uma vez que o contabilista será o profissional mais indicado para poder orientar o pequeno investidor sobre os melhores caminhos a serem percorridos. “Não tenho dúvidas de que se trata de um importante passo para o desenvolvimento econômico e formal de Goiás”, apoiou.
O superintendente da Sefaz, Glaucus Moreira, afirmou que a secretaria sempre agiu em parceria com o setor produtivo, micro e pequenos empresários, e desta vez não será diferente. “Reduzir a informalidade é buscar a cidadania fiscal. Porém trata-se de uma mudança de cultura, em que teremos que conscientizar a população sobre a importância e benefícios da exigência da nota fiscal, por exemplo”.
Fonte: Assessoria de Imprensa CRC-GO