Ao longo dos últimos anos a área de Auditoria Interna vem conquistando mais importância como uma ferramenta para avaliação e a mitigação de riscos e para o aperfeiçoamento das operações das organizações. A pesquisa “Auditoria Interna no Brasil – Nos fundamentos da governança e da estratégia” analisa o estágio de maturidade da prática nas empresas, identificando os modelos que apoiam o crescimento sustentado, além dos pontos nos quais a estrutura pode se aprimorar em seus processos de gestão e na comunicação com as demais áreas de negócios.

O primeiro dado que mostra a evolução e relevância da área é que 77% (53% com estrutura local e 24% com estrutura global) das organizações já implantaram a Auditoria Interna.

Porém, entre os 23% de respondentes que afirmaram não possuir uma estrutura de Auditoria Interna, 53% têm a intenção de implementar uma estrutura nos próximos dois anos. O estudo mostrou também que o principal motivo dessa parte da amostra não possuir a estrutura é que a organização não possui cultura de ter Auditoria Interna, algo que deve mudar ao longo dos próximos anos.

O espaço que o mecanismo tem ganhado reflete ao novo cenário de normas vigentes no Brasil. Um forte exemplo é a Lei Anticorrupção – a qual prevê que empresas respondam judicialmente por atos ilícitos cometidos por seus profissionais contra a administração pública, em vigor desde fevereiro de 2014. Por isso, é cada vez mais clara a demanda por estruturas bem planejadas e robustas de Auditoria Interna. Nesse contexto, foi observado que para a preparação de um bom plano de Auditoria Interna são utilizadas algumas ferramentas. A principal delas é uma avaliação de riscos realizada pela Auditoria Interna com os principais executivos da empresa (71%), seguida experiência do gestor de Auditoria Interna (51%), pelos objetivos estratégicos da organização (37%) e pelas necessidades do Comitê de Auditoria (34%).

A pesquisa “Auditoria Interna no Brasil” contou com a participação de 227 empresas, de origem majoritariamente familiar (40%), seguidas pelas subsidiárias de grupos empresariais e pelas organizações de controle pulverizado, empatadas com 27%. As empresas de origem familiar são aquelas que neste momento estão priorizando a estruturação do processo de governança e independência nos reportes da Auditoria Interna. Em sua maioria os participantes são auditores internos (58%), integrantes da Alta Administração e membros de Conselhos e Comitês. As empresas são, em sua maioria, brasileiras (72%). Empresas de atividades financeiras foram as principais respondentes da pesquisa e representaram 18% do total. Em seguida estão as empresas de informática, tecnologia da informação e internet (11%) e construção (8%).

Fonte: Fenacon

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