As empresas brasileiras estão correndo contra o tempo para adaptar o administrativo ao eSocial, uma plataforma digital que está sendo preparada pelo governo para unificar, em um único sistema, as informações previdenciárias, trabalhistas e tributárias, relativas à contratação e utilização de mão de obra onerosa, com ou sem vínculo empregatício.O objetivo é reduzir a burocracia, aumentar a qualidade das informações e simplificar o cumprimento de obrigações das empresas junto ao governo federal.

A expectativa é que essa nova plataforma entre em vigor em 2015, mas o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) acompanha de perto as mudanças e trabalha na capacitação dos contadores. Isso porque, no caso das micro e pequenas empresas, por exemplo, a assessoria contábil será fundamental para a implantação do sistema, já que muitas delas não têm departamento de recursos humanos.

“Mas enquanto o layout do eSocial não for divulgado pelo governo, os profissionais precisam buscar entender sobre o projeto com as informações que já foram divulgadas, principalmente no que diz respeito à preparação das informações de cadastros iniciais, verificação de informações pendentes, avaliação dos processos e trâmites das informações”, alerta o contador Cassius Coelho.

Ele representa o CFC no Grupo de Trabalho Confederativo (GTC), de caráter consultivo e permanente, que tem como objetivo analisar o conjunto de informações e regras do eSocial, inicialmente apresentado pelo Comitê Gestor – que também tem participação do CFC. Além disso, o grupo é responsável pela elaboração de uma proposta de adequação para o pleno cumprimento das obrigações correspondentes pelas empresas com operacionalização aderente ao ambiente empresarial, com base na legislação vigente, inclusive em relação ao cronograma de implementação.

“Por meio dos Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs), realizamos eventos de capacitação para que os profissionais de contabilidade busquem se preparar para as mudanças”, afirma. O contador ressalta que uma das preocupações das empresas é o curto prazo para a adequação ao sistema  – a expectativa é para o inicio do ano que vem. “Enquanto o leiaute não fica pronto, os empregadores e profissionais contábeis já devem se preparar. Já é possível, por exemplo, verificar quais informações são de preenchimento obrigatório e adiantá-las”.

“O CFC participa de fóruns e discussões, junto aos órgãos de fiscalização, para entender os prazos e obrigações. É uma preocupação a velocidade como as mudanças têm acontecido, já que existe a necessidade de um investimento alto por parte das empresas. Por isso o trabalho de capacitação é tão importante. Precisamos entender o sistema, as novas alterações e evitar que as companhias sejam multadas”.

Para o Conselho Federal de Contabilidade, o transtorno será temporário e as empresas serão beneficiadas com o sistema. “Entendemos que depois de implantado, o eSocial vai trazer mais agilidade. A modernização é um caminho sem volta. Não temos que lutar contra o sistema, mas precisamos nos organizar para que ele seja executado de uma forma mais tranquila e gradual”, explica Cassius.

Fonte: Comunicação CFC

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