Pequenas e micro empresas do país garantiram R$ 420 milhões no caixa de seus empreendimentos até o final de junho com negócios feitos para atender a Copa do Mundo. São 43.910 empresas que participaram de programas de capacitação, cursos, atendimentos e rodadas de negócios feitas pelo Sebrae nacional nos últimos três anos.
Até abril do ano passado, os negócios previstos (incluindo produtos e serviços prestados) somavam R$ 100 milhões em 13 mil empresas de dez setores. Foram 930 possibilidades de negócios identificadas nas atividades da construção civil, madeira e móveis, agronegócios, comércio, turismo e gastronomia, cultura e entretenimento, tecnologia da informação, moda, artesanato e serviços.
A estimativa agora é que, até o encerramento do evento esportivo, mais R$ 80 milhões sejam faturados no setor de pequenos negócios diretamente envolvidos com o Sebrae. Com isso, deve chegar a R$ 500 milhões o valor total no caixa dos micro e pequenos empresários e dos MEIs (microempreendedores individuais) com atividades relacionadas à Copa. O MEI é a pessoa que trabalha por conta própria e fatura, no máximo, R$ 60 mil por ano.
A Apex, agência brasileira que promove exportações entre empresas (e geralmente de maior porte), por exemplo, estima contratos em torno de US$ 3 bilhões com a vinda de 2.300 empresários de 104 países ao país para os jogos. Na avaliação de técnicos e dirigentes do Sebrae, a Copa serviu como “vestibular” para os pequenos empresários, que têm como desafio manter negócios após o evento.
Entre as “lições” do torneio, estão melhoria na gestão, adoção de critérios que envolvem preocupação com o ambiente, aperfeiçoar canais de distribuição, conhecer melhor o cliente e atender às necessidades e a possibilidade de acessar novos mercados. Os destaques em valores de negociação foram Pernambuco e Distrito Federal.
Fonte: Diário do Nordeste