Assegurar que o voto não seja capturado pelo poder do dinheiro e sim pelo poder das ideias. Este é o principal objetivo do Comitê de Combate ao Caixa Dois, que foi lançado na noite de 18 de maio pela Ordem dos Advogados do Brasil em Goiás (OAB-GO). O evento foi realizado na sede da entidade, no setor Marista, em Goiânia, e contou com a participação do presidente nacional da Ordem, Cláudio Lamachia.
O vice-presidente de Desenvolvimento Profissional do CRCGO, Weberth Fernandes, esteve no evento e destacou o empenho da Conselho na campanha, visto que o profissional da contabilidade é responsável por assinar as prestações de contas eleitorais de cada candidato e partido político. “Vemos que além de conscientizar a sociedade civil da importância do voto e da cobrança permanente sobre os eleitos, é preciso que envolvidos nos processos eleitorais também estejam conscientes das ações”, assegurou.
De acordo com o presidente da OAB-GO, Lúcio Flávio Siqueira, o Comitê tem significado especial por atingir diretamente a sociedade. “Trata-se de um desdobramento do Movimento Eleições Limpas e tem como meta dar espaço para denúncias de campanhas”, afirmou. Mas, segundo ele, a população vai ter um papel muito importante nas eleições, já que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) não tem uma estrutura para realizar uma fiscalização e que “por isso quem deve fiscalizar é o cidadão, além de se conscientizar que o voto deve ser por convicção e não por poderio econômico”.
Para Lamachia, muito tem se falado em crise econômica e política. Mas, na visão dele, o que ocorre é uma crise ética e moral sem precedentes, que começa justamente na política. “Mas sabemos que não há democracia sem política e políticos. Queremos representantes do povo que esteja à altura da responsabilidade e compromissos que lhes são dados. A Constituição é clara quando diz que o poder emana do povo. E nós somos os responsáveis por estas pessoas estarem assumindo seus respectivos cargos públicos”, enfatizou.
Ele fez um retrospecto, citando a Lei da Ficha Limpa, Lei da Anticorrupção e a legislação que limitou as doações e proibiu financiamento de empresas. “Temos que ter em mente que empresa não doa, empresa investe”, frisou. Ao final ressaltou o comprometimento da instituição com a democracia, o compromisso com o Brasil e a ideologia com a Constituição Federal. “Esta é uma campanha que trata o efeito real do voto. Voto não tem preço, voto tem consequência. Contem com a nossa instituição na defesa das causas do Brasil”, concluiu.
Fonte: Assessoria de Imprensa CRCGO – Naiara Gonçalves