O volume de crédito para empresas teve leve aumento em junho e a perspectiva é que a variação continue moderada pela maior seletividade dos bancos. De acordo com o Boletim de Crédito do Banco Central (BC), divulgado ontem, o saldo total de recursos livres para pessoas jurídicas foi de R$ 765,344 bilhões em junho, com alta de 1,1% no mês e 5,1% nos últimos 12 meses. No total foi concedido R$ 25,808 bilhões no mês, valor 28,5% superior que o do mês anterior e 4,7% superior ao do mesmo período em 2013.No total, o cartão de crédito teve um acumulado de R$ 3,934 bilhões, com alta de 9,9% no mês e 13,7% nos últimos 12 meses. A concessão total em junho foi de R$ 5,261 bilhões. O saldo do cheque especial e o adiantamento sobre contrato de câmbio (ACC) também tiveram alta nos últimos 12 meses de 2,6% e 10,9%, respectivamente. A concessão do cheque especial atingiu R$ 19,926 bilhões com queda mensal de 2,8%. Já a ACC concedeu R$ 8,727 bilhões, com retração de 2,3% nos últimos 12 meses.

O capital de giro não teve nenhuma variação mensal, acumulando um saldo de R$ 388,987 bilhões. A concessão da modalidade foi de R$ 27,465 bilhões, com retração de 12,9% em um ano.

A antecipação de faturas de cartão de crédito, uma das modalidades mais utilizadas por PMEs teve um volume total de concessões de R$ 3,905 bilhões em junho, com alta de 20,4% no mês e 38,7% nos últimos 12 meses.

Já o desconto de cheques e desconto de duplicatas tiveram retrações. A primeira concedeu R$ 3,419 bilhões, 7,5% a menos que maio e queda de 10% com relação ao mesmo período em 2013. A segunda, concedeu R$ 11,3755 bilhões e teve retração de 0,9% no mês, alta de 17,6% em 12 meses.

Para os especialistas, até o final do ano as linhas de crédito terão um ligeiro aumento. “O crescimento pode chegar próximo aos 10%”, disse Miguel de Oliveira.

“A tendência é que o mercado se recupere. Porque vemos medidas que buscam melhorar o segmento. Como a flexibilização da taxa compulsória anunciada pelo BC”, explica Daltoso.

“Além disso, os bancos têm procurado diversificar suas fontes de receitas e lutam para conseguir melhor eficiência operacional para reduzir custos”, diz.

Fonte: DCI – SP

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