O dólar passou a cair ante o real nesta quinta-feira (3), em linha com outros mercados emergentes, à medida que investidores digeriam novos sinais de melhora no mercado de trabalho dos Estados Unidos.

Investidores passaram a encarar os números como um sinal positivo sobre a recuperação da maior economia do mundo, aumentando o apetite por risco nos mercados globais. Na primeira metade da sessão, a possibilidade de juros mais altos nos EUA sustentou a moeda norte-americana em alta.

Perto das 13h40, a moeda norte-americana recuava 0,46%, a R$ 2,2141 na venda, após chegar a R$ 2,2456 na máxima do dia, logo após a divulgação do indicador.

O dólar fechou nesta quarta-feira (2) com a maior alta ante o real em um mês, em linha com o avanço da divisa no exterior, diante de novos sinais de que o mercado de trabalho norte-americano está em recuperação, alimentando expectativas de juros maiores nos Estados Unidos.

A moeda norte-americana encerrou o dia vendida a R$ 2,2243, em alta de 0,88%, após fechar na véspera cotada a R$ 2,205. “O fato de que a economia dos EUA está crescendo deveria ser bom… Então vamos aproveitar a viagem”, afirmou o economista da 4Cast Pedro Tuesta.

O número de empregos criados nos EUA saltou em junho, contribuindo para que a taxa de desemprego caísse a 6,1%, perto do menor nível dos últimos seis anos. “Agora, o mercado vai discutir se isso (o resultado) é suficiente para que o Fed adiante o início do aperto monetário”, afirmou o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito, referindo-se ao Federal Reserve, banco central norte-americano.

Juros mais altos nos EUA tenderiam a atrair recursos atualmente aplicados em outros mercados, pressionando os ativos financeiros e as moedas desses países. Por isso, após a divulgação do indicador, o dólar passou a subir em diversos mercados internacionais. Mas o movimento perdeu força no fim da manhã em mercados como o chileno e o mexicano, arrastando o real.

No Brasil, o dólar continuava assentado dentro da banda informal de R$ 2,20 a R$ 2,25, após testar patamares inferiores na semana passada. Boa parte dos analistas acredita que o Banco Central brasileiro não quer que as cotações saiam desse intervalo para não prejudicar as exportações nem impulsionar a inflação.

Nesta manhã, a autoridade monetária deu continuidade ao seu programa de atuações diárias no câmbio, vendendo a oferta total de 4 mil swaps cambiais, derivativos que equivalem a venda futura de dólares. Todos os contratos vendidos vencem em 2 de fevereiro de 2015, no valor de 198,9 milhões de dólares. O BC também ofertou swaps para 1º de junho do ano que vem, mas não vendeu nenhum.

Fonte: G1

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