Impostos consomem boa parte dos rendimentos de uma aplicação. Por isso, calcular de antemão quanto você pagará em tributos aumenta, e muito, as chances de obter ganhos maiores. O primeiro passo para fazer o planejamento tributário dos investimentos, destaca a executiva, é saber se a aplicação é isenta de Imposto de Renda (IR) ou qual a alíquota (porcentagem) cobrada sobre os ganhos de capital.
1 No longo prazo, renda fixa tem menos impostos
Aplicações com menos de seis meses têm incidência de 22,5% de IR, que cai progressivamente com o tempo, até atingir a menor alíquota de 15% após dois anos (veja a tabela abaixo). Isso vale para investimentos como fundos de renda fixa de longo prazo, fundos DI, CDBs e títulos do Tesouro Direto.
É preciso também verificar se, além da alíquota sobre o ganho de capital, a aplicação tem o famoso come-cotas, cobrança semestral de impostos. Ela é aplicada, por exemplo, nos papéis do Tesouro e em fundos.
Antes de optar por qualquer fundo, é preciso considerar também a taxa de administração cobrada, que varia consideravelmente entre as instituições financeiras. Outras aplicações de renda fixa cobram taxa de custódia.
2 Economize com um plano de previdência adequado para seu perfil
No caso da previdência complementar, se o investidor costuma ter muitos gastos dedutíveis no IR (como saúde ou educação), compensa optar pelo modelo PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livre), que permite abater 12% do valor investido sobre o imposto a ser pago ao Leão. Em compensação, ao resgatar o dinheiro do plano, o IR incidirá sobre o todo valor acumulado.
3 Leve em conta as aplicações isentas de IR
Embora sejam minoria, os investimentos isentos de IR costumam levar vantagem na rentabilidade líquida. Algumas delas têm atraído um número considerável de investidores pela atratividade da isenção. As mais populares são as LCIs (Letras de Crédito Imobiliário) e LCAs (Letras de Crédito do Agronegócio).
4 Aplicar em Bolsa pode gerar isenção
Ao investir no mercado de ações, também é possível se beneficiar da isenção tributária. A alíquota atual é de 15% sobre o lucro líquido na Bolsa, já descontadas as demais taxas, como corretagem e administração. Mas esse imposto só incide em operações de venda acima de R$ 20 mil.
Também no pacote de isenções do governo, está o ganho de capital obtido pelo pequeno investidor (pessoa física) em ações de pequenas e médias empresas (PMEs), companhias com valor de mercado abaixo de R$ 700 milhões e receita bruta inferior a R$ 500 milhões.
Fonte: IG Economia