Organizado pelo Conselho Nacional de Contabilistas e Auditores Certificados (CNDCRE) e a Federação Internacional dos Contadores (IFAC), o Centro de Convenções de Parco Della Musica de Roma, na Itália, sediou de 10 a 13 de novembro de 2014, o 19º Congresso Mundial de Contabilidade (WCOA). Realizado a cada quatro anos, o evento é considerado um dos mais importantes para a profissão contábil internacional e o tema escolhido para esta edição foi, “Visão 2020: Aprendendo com o Passado, Construir o Futuro”.

O congresso explorou o papel fundamental da contabilidade, em meio à mudança econômica, política e social rápida e os participantes debateram as melhores práticas do futuro. A delegação brasileira, composta por conselheiros federais e regionais, marcou presença participativa em todas as plenárias e discussões paralelas da programação do WCOA. Goiás se fez representar com qualidade pelo presidente do CRC-GO, Elione Cipriano da Silva, o vice-presidente de Desenvolvimento Profissional, Marciel Augusto Lima, e pelos conselheiros Einstein Paniago e Mário Wilson Oliveira.

A programação do congresso, pela primeira vez, ofereceu aos participantes uma experiência digital, estruturado em três sessões plenárias, 31 sessões paralelas, áreas de rede e uma galeria inovadora de projetos dedicados a iniciativas de desenvolvimento. De acordo com Einstein, muitas experiências foram trocadas. “Foi um evento denso, com participações de especialistas da contabilidade e finanças de todo o mundo”, afirma. Para ele, a questão das convergências das normas contábeis a padrões internacionalmente aceitos fundamentou o papel do contador na escrituração patrimonial, no controle interno e nas auditorias externas. “A importância deste profissional na transparência ao mercado e acionistas (quando aplicado ao setor privado) e à consolidação da cidadania no controle social (quando aplicado ao setor público) foi a temática transversal nos diferentes painéis”, ressalta.

Marciel Augusto relata que na palestra sobre “A expectativa do Comitê de Auditoria”, ficou bem claro o papel crucial do comitê na segurança e proteção dos stakeholders. “Seu papel varia ao redor do mundo, mas, em muitas jurisdições, é o elo entre o conselho de administração, auditores internos e auditores externos, e é uma parte importante da governança de uma empresa e de controle interno”, afirma acrescentando que os palestrantes compartilharam suas perspectivas sobre o papel e a eficácia dos comitês de auditoria em suas jurisdições e quais os desafios e as vantagens que veem nesse novo modelo.

Para o presidente Elione, a experiência foi única e enriquecedora. Ele destaca que a integridade, ética e transparência serão fortes fundamentos sobre os quais, se edificam a profissão contábil e esta foi uma das mensagens promovidas pelo congresso. O presidente partilha da opinião de Marciel, quando afirma que os profissionais da contabilidade desempenham um papel fundamental de consultoria empresarial em termos de estratégia de crescimento e desenvolvimento de novos mercados, garantindo o acesso ao financiamento para investimentos por meio de linhas de crédito para modernização de escritórios, o cumprimento das leis e regulações locais, além de introduzir mudanças organizacionais. “Me orgulho em ver que não estamos nadando contra a corrente quando o assunto é acesso às linhas de créditos. A exemplo disso, nossa recente parceria com a Goiás Fomento é a prova de que estamos caminhando juntos rumo ao futuro da contabilidade”, afirma.

Sobre o tema transparência, Elione é enfático ao dizer que dentro dos diversos temas abordados, “pude conferir os benefícios e avanços com a maior transparência nos relatórios de auditorias, a importância da convergência para um único conjunto das Normas Internacionais de Contabilidade de alta qualidade, visando apoiar a estabilidade financeira global, os aspectos desafiadores da contabilidade em instituições sem fins lucrativos, e, por fim, a prestação de contas e a tomada de decisão para gestão de gastos públicos”.

Na visão do conselheiro Mário Wilson, as empresas do futuro precisam de profissionais de finanças que são capazes de oferecer mais do que apenas perspicácia. “Os CFOs e sua equipe vão alcançar resultados de negócios, apoiar a estratégia corporativa, e ser os facilitadores da inovação. Eles serão responsáveis ​​para assegurar que suas organizações construam modelos de negócios resilientes (que saiba lidar com problemas e superar obstáculos), capazes de suportar o impacto de mudanças tecnológicas, sociais e inovação”, enfatiza.

Brasileiro como palestrante – O representante do Conselho Federal de Contabilidade (CFC) no International Public Sector Accounting Standards Board (Ipsasb) da International Federation of Accountants (Ifac), Leonardo Silveira do Nascimento, fez palestra no WCOA e destacou a experiência do Brasil na área de contabilidade pública.

Primeiro brasileiro no Ipsasb desde a criação do Comitê, em 1997, o representante do CFC é coordenador-geral de Normas de Contabilidade Aplicadas à Federação da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e membro do Grupo Assessor das Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público (NBC TSP) do CFC, além de coordenador geral do Ministério da Fazenda.

O WCOA contou com a presença de contabilistas, auditores, órgãos oficiais governamentais e delegações de todo o mundo. Foi oferecido aos participantes um rico programa social com palestras; painéis de discussão sobre todos os aspectos; troca de experiências; debates sobre as recentes tendências comerciais e econômicas globais; atualizações sobre as Normas Internacionais de Contabilidade e Auditoria.

Fonte: Assessoria de Imprensa CRC-GO

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