A tarde de palestras do segundo dia (13) do III Simpósio Nacional de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (SINCASP), contou com a presença dos palestrantes Marilson Dantas e Elisângela Santos. Com o tema “Contribuição ao Modelo de Subsistema de Mensuração de Custos no Setor Público”, a mestre em Ciências Contábeis, Elisângela Santos, fez apresentação de um modelo para as entidades de setor público, visando contribuir para a implantação do sistema de custos e geração de informações para a tomada de decisão, prestação de contas e controle social. “Esse sistema de custos é obrigatório para as entidades públicas, mas não vemos ainda ações de implementação, devido à dificuldade tanto em relação à contabilidade por competência quanto da metodologia”, explica Elisângela.

Ainda de acordo com a palestrante, a conscientização do profissional contábil é fundamental para o desenvolvimento do sistema de custos. “O profissional tem que se apropriar do seu papel na sociedade de geração de informações, tanto para a tomada de decisão, que é uma questão muito forte na área privada, onde precisamos resgatar no setor público, quanto no controle social, para que a sociedade avalie as ações de governo”, explica.

Logo em seguida, o doutor em Contabilidade de Custos, Marilson Dantas, deu mais detalhes sobre a gestão de custos através da palestra com tema “A Transparência e Gestão: Cumprindo o artigo 50 da LRF”. Segundo Marilson, o que falta na contabilidade para cumprimento do artigo 50 da LRF é a implementação de um sistema de gestão de custos. “A Lei obriga desde 2000 que todos os entes públicos implementem o sistema de gestão de custos, para que se melhore a qualidade dos gastos, a transparência e o controle social”.

Uma pesquisa da UNB tem como sentido implementar o sistema de custos nos municípios e nos Estados brasileiros, como informa Marilson Dantas. “O Brasil é um dos países pioneiros nesse processo. O Conselho Regional, juntamente com as demais entidades e as universidades, tem buscado colaborar, oferecendo palestras, seminários e softwares. Os gestores públicos têm muito anseio por isso, porque os prefeitos, governadores e os próprios gestores do Executivo não têm uma ferramenta de gestão. Como cobrar desempenho e eficiência se eu não entrego ao gestor uma ferramenta?”, questionou.

O palestrante finalizou afirmando que muitos municípios não têm ainda esse sistema de implementação. “Goiás está sendo pioneiro em mostrar essa informação. O SINCASP vem fazer parte desse grupo que incentiva a nova visão pública de gestão”, conclui.

Fonte: Assessoria de Imprensa CRCGO – Izadora Louise

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