A pontualidade de pagamentos das micro e pequenas empresas atingiu 96,0% em agosto deste ano, reagindo em relação ao nível de 95,4% observado em julho, segundo levantamento divulgado ontem pela Serasa Experian.

Isto significa que em agosto, a cada 1.000 pagamentos realizados, 960 foram quitados à vista ou com atraso máximo de sete dias. Este resultado ficou praticamente estável em relação à pontualidade de agosto de 2013, quando havia sido de 95,9%.

De acordo com os economistas da Serasa Experian, a alta da pontualidade em agosto com relação a julho reflete uma sazonalidade mais favorável dada pelo encerramento das férias escolares de julho e por conta da ocorrência do Dia dos Pais, impactando favoravelmente a geração de caixa das empresas comerciais. Por outro lado, o quadro conjuntural desfavorável deste ano (estagnação da economia e juros mais altos) impediu avanços mais significativos dos níveis de pontualidade de pagamentos neste ano em relação aos observados no mesmo período do ano passado.

Por setor

As micro e pequenas empresas comerciais registraram a maior pontualidade de pagamento em agosto: 96,5%. Já no setor de serviços e na indústria, os níveis de pontualidade em agosto foram bem menores: 95,3% e 95,2%, respectivamente. No mês, o valor médio dos pagamentos pontuais cresceu 7,4% em relação ao mesmo mês do ano anterior (R$ 1.942 contra R$ 1.808). O maior valor médio foi registrado pelo comércio (R$ 1.968), seguido por serviços (R$ 1.940) e pelas micro e pequenas empresas de indústria (R$ 1.808).

Consumidores

Dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), mostram que o percentual de famílias que relataram ter dívidas entre cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro alcançou 63,1% em setembro de 2014, diminuindo em relação aos 63,6% observados em agosto de 2014, mas aumentando em relação aos 61,4% de setembro de 2013.

Apesar do recuo, o percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso ficou estável na comparação mensal, em 19,2% do total. Houve queda no percentual de famílias inadimplentes em relação a setembro de 2013, quando este indicador estava em 20,6%, segundo a CNC.

Fonte: DCI

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