O presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Goiás (CRCGO), Edson Bento dos Santos, participou nesta sexta-feira, 1º, das 15h às 17h, de uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Goiás, para tratar sobre a redução da taxa básica de juros Selic para 3% ao ano. Estiveram presentes ainda o deputado estadual Bruno Peixoto, o presidente da Adial Brasil, José Alves Filho, o presidente do Corecon-GO, Geraldo Almeida, o representante do Sebrae-GO e do Conselho Federal da OAB, Fernando de Paula, o vice-presidente da Fieg, Antônio de Sousa, que compuseram a mesa, além de Edson Bento.

A taxa referente ao Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) está a cargo do Banco Central do Brasil, que controla a emissão, compra e venda de títulos. Apresentada por José Alves Filho, a proposta da audiência pública – promovida por Bruno Peixoto – foi debater e buscar apoio junto ao Estado, municípios, senadores, deputados federais e estaduais goianos, entidades de classe e toda a sociedade, apoio para reivindicar a diminuição dos 14,25% ao ano de juros, que incidem sobre a Selic, para 3%.

“O que nós entendemos é que estamos passando por uma recessão induzida. O Governo cortou o crédito. Então, o setor empresarial percebeu que os bancos cercaram todas as inovações de financiamento. O consumidor também teve seus créditos trancados. Os financiamentos do mercado retrocederam e as taxas de juros aumentaram uma barbaridade. O objetivo aqui é tentar retomar o crescimento do País sem mais arrocho”, explicou José Alves.

José Alves apresentou os principais aspectos da crise econômica e dados pesquisados pelo Departamento de Economia de Mestrado em Desenvolvimento Regional da Faculdade Alves Faria (Alfa). “Nós temos 35 países que mantém os juros abaixo de 1% incluindo todos os países do G-8 e a Zona do Euro. É preciso tirar os óculos com lentes de aço e olhar para o que o resto do mundo está fazendo. Existem 50 países com taxa de juros abaixo de 3% e outros com taxas negativas”, afirmou.

Após a apresentação de José Alves, cada componente da mesa expôs seu pensamento. Geraldo Almeida foi o primeiro a falar e concordou com o que foi proferido na audiência: “todos nós, profissionais da Economia, concordamos plenamente com a queda da taxa Selic. O aumento de juros é uma fórmula que não deu certo e veio para estagnar o País, e isso é perceptível”.

Edson Bento dos Santos também concordou com José Alves. “Eu fico feliz quando vejo um empresário com essa postura, buscando para a sociedade como um todo aquilo que ela almeja. Sou um otimista e acredito vamos aproveitar as oportunidades para sair dessa crise”, afirmou Edson.

“Nós precisamos de respostas e não me vem outra a não ser a dependência eleitoral dos bancos e isso é inadmissível”, disse Bruno Peixoto, em seguida. “Aqui estão vários estudos de casos de diferentes organismos e a tese é o início de uma solução para o crescimento econômico do País”, completou Fernando de Paula. “Nós precisamos forçar a barra com essa taxa Selic e cobrar providências sérias do presidente da república”, concluiu Antônio de Sousa.

Fonte: Assessoria de Imprensa CRCGO – Renan Castro

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