Permissão para a utilização de peças usadas em carros assegurados promete reduzir custos de apólices e beneficiar veículos antigos

Aquela história de que não compensa contratar seguro para veículos mais antigos está com os dias contados. Novas regras para o seguro auto popular estabelecido pela Superintendência de Seguros Privados (Susep) deve baratear o seguro de carros populares em até 30%. Isso porque, desde o dia 1º, uma norma permite a utilização de peças usadas, desde que devidamente vistoriadas pelo Inmetro.

Embora já em vigor, a tendência é de que esse novo produto seja oferecido pelas seguradoras até o fim deste mês, após análise de demanda de mercado e contratação de empresas certificadas. Segundo o presidente do Sindicato dos Corretores e das Empresas Corretoras de Seguros de Goiás (Sincor-GO), Joaquim Mendanha, a redução de 30% no valor do produto é desejável, mas o índice deve começar mais baixo. “É preciso que o mercado seja avaliado antes”, diz.

Ele explica que essa regra foca, sobretudo, veículos com mais de cinco anos de uso, cujo custo-benefício inviabilizava, muitas vezes, a contratação do seguro. “Mas não há nenhum fator impeditivo para que donos de veículos mais novos contratem esse seguro. Ele só precisa ficar ciente de que serão utilizadas peças usadas”, informa Ele acredita que a nova opção possa reverter a queda de 7% registrada nas vendas entre os meses de janeiro e março deste ano se comparado com igual período de 2015.

Avaliação
Segundo o gerente da filial da HDI Seguros, Francisco de Assis Vidigal, a nova regra é muito bem-vinda. Ele explica que a atual é praticamente proibitiva para a contratação de veículos que tem mais de oito anos de uso.

Francisco faz uma simulação simples. Conforme ele, o seguro de um veículo novo, na casa de R$ 40 mil, fica em torno de R$ 2 mil. Esse valor é semelhante para um veículo da mesma marca, porém bem mais rodado e que valha R$ 10 mil. “Porque numa colisão o preço de reparo entre um e outro será igual, já que seriam usadas somente peças novas”, explica.

Fonte: O Popular

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