O Conselho Regional de Contabilidade de Goiás (CRC-GO) sediou no dia 19 de novembro o Seminário sobre a Lei 12.973/2014, que altera a legislação tributária federal relativa ao Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ), à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), à Contribuição para o PIS/Pasep e à Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), além de informar sobre ajustes das novas Normas Internacionais, ocasião onde as práticas contábeis brasileiras tiveram mudanças substanciais.

O evento, que teve como palestrante um dos sócios da empresa contábil BDO, Marcelo Sanchez, contou com a presença de mais de 170 pessoas no auditório do Conselho. O presidente do CRC-GO, Elione Cipriano da Silva, ressaltou a necessidade de atualização por parte dos profissionais da contabilidade, para acompanhar as mudanças que ocorrem na legislação.

“O profissional da contabilidade tem importante função nesse processo de atualização. Ele tem o dever de se colocar à disposição e alertar a sociedade sobre as mudanças que esta Lei pode gerar de forma direta e indireta à vida do cidadão. A realização deste Seminário é um momento mais que oportuno para esclarecimentos de dúvidas do contabilista”, avalia.

O sócio da BDO, Fernando Eduardo Santos, informou que apesar do baixo índice de regularização quanto as atualizações da Lei 12.973/2014, a demanda pela ajuda ao aplicar a legislação tem aumentado gradualmente. “Essa Lei veio trazer alterações substanciais na forma de revisões fiscais, e essas alterações nós temos acompanhado em alguns seminários fora do Estado, e os contabilistas têm tido muitas dúvidas, até porque a própria Receita não se regulamentou com relação a isso, mas a gente tem tido muita demanda de clientes buscando sobre como fazer, e temos auxiliado essas empresas no sentido de ajudar na implantação dessa Lei, que é uma Lei nova teoricamente, mas que vão ter várias alterações nas Normas Contábeis e Tributárias do Brasil”, explica.

Já de acordo com o palestrante e membro da BDO, Marcelo Sanchez, as informações repassadas ao contabilista vão contribuir para com o desenvolvimento de uma nova tarefa na área contábil. “Essa tarefa não vai diminuir com a nova legislação. Acredito que o contabilista vai ter um trabalho adicional de reclassificação de alguns saldos, de conciliações de alguns ajustes, para que os efeitos dessa nova exigência sejam únicos para 2015. Em 2008, tivemos uma grande revolução da contabilidade brasileira, num primeiro momento foi bem difícil, hoje todos estão bem mais confortáveis em discutir e fazer esses ajustes, e trazer esses efeitos para dentro dos balanços”, aponta.

O representante da BDO, Alfredo Ferreira Marques Filho, destaca a importância a ser dada em torno das obrigações acessórias. “Essa Lei muda totalmente a vida do contabilista, porque hoje as obrigações acessórias são tão ou mais importantes do que as próprias obrigações. Existe uma amarração muito grande de todas essas obrigações e declarações, porque qualquer erro, por menor que seja o valor, criam inconsistências que depois geram multas. Isso começa trazer para a gente uma importância muito maior para a figura do contador. O contador hoje pode não trazer receita para a empresa, mas se absorver tudo isso, ele deixa de trazer perdas para a empresa. Hoje o contador tem que se preocupar mais com as obrigações acessórias do que a contabilidade propriamente dita”, finaliza.

Fonte: Assessoria de Imprensa CRC-GO

 

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